terça-feira, 19 de abril de 2011

Educomunicação propõe melhorias na área de ensino

Por Fernanda Iwakura, Jean Costa e Laila Kamegasawa

Ação, comunicação e educação. Este é o novo contexto proposto pela educomunicação para uma diferente perspectiva de ensino. Além de criar novos paradigmas para a educação e a comunicação, ainda discute a interação destes universos que antes se encontravam tão distantes. Esta aproximação implicará em um aumento do potencial comunicativo dos envolvidos.
Segundo o professor Ismar de Oliveira Soares, chefe do Departamento de Comunicação e Artes da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo curso de Educomunicação, os profissionais desta área, hoje, são autodidatas por ainda não existir uma área legitimada. No entanto, exercem a função em participativas solidárias, desenvolvendo políticas de trabalho voltadas para integração da comunidade. Para ele as possibilidades de práticas na nova categoria profissional consistem em ações dentro de Organizações Não Governamentais (ONG’s), escolas, meios de comunicação, entre outros.
Soares frisa que a principal missão do profissional é gerenciar e manter atividades educativas junto aos projetos de mídia. “Ele vai permitir que as aulas sejam feitas com uso de tecnologias, além de potencializar as ações comunicativas no espaço em que está”.
A definição dada à educomunicação por Soares resume-se em um conjunto de ações voltadas para a criação de ecossistemas comunicativos. Há ainda um grande papel social que se desenvolve através de projetos. “A educomunicação assume a intencionalidade educativa, isto é, a sociedade precisa preparar o cidadão para o exercício da comunicação por meios destes projetos sociais”, explica.
Apesar de haver afinidades entre educomunicadores e pessoas formadas em comunicação, ele afirma que comunicadores repercutem fatos ou informações. Já o educomunicador foca em interesses voltados à sociedade, comunidade e fatos que o cercam. “Os recursos da comunicação sustentam uma política de trabalho voltada para a prática da cidadania, aos interesses da comunidade e ao mesmo tempo criam indicadores, procedimentos que permitem que crianças, jovens e adultos se relacionem adequadamente com os sistemas de meios de comunicação e educação”.

O curso
A licenciatura, com início no 1º semestre do ano que vem na USP tem duração de quatro anos, onde se preenchem 30 vagas no período noturno. “Nós vamos formar profissionais que potencializem a ação dos outros. Em uma escola, por exemplo, ele não vai produzir um vídeo da instituição e sim identificar que irá produzi-lo, direcionando esta produção”.


Texto publicado na revista laboratório da Universidade Braz Cubas “Perspectiva” (ANO IV – Nº 03 – NOVEMBRO DE 2010).

Experimentos culturais renovam a magia do teatro

Por Fernanda Iwakura

Considerado um teatro-laboratório de vanguarda, de investigação ou moderno, o teatro experimental cria a interação dos artistas com o público e mistura vários gêneros de expressão artística. A sedução que esse tipo de dramatização possibilita acontece através da mistura de elementos artísticos, ou não, num único espetáculo.
O grupo musical "O Teatro Mágico", por exemplo, utiliza elementos artísticos para seduzir seus fãs nos shows. Já o grupo "Contadores de Mentira" prefere criar uma proximidade maior com a platéia, fazendo-a se sentir como parte da cena.

O Teatro Mágico
Na estrada há mais de cinco anos, a trupe de Osasco, fundada em 2003 por Fernando Anitelli, renovou o gênero do showbiz. Isto porque, na verdade, o Teatro Mágico revolucionou a maneira com que antes eram feitos shows musicais, misturando música, poesia, circo, dança e teatro. Anitelli idealizou uma espécie de "sarau amplificado", juntando artistas com a intenção de somar experiências no palco enquanto as músicas do grupo são tocadas.
O nome "O Teatro Mágico" faz referência ao livro "O Lobo da Estepe", do escritor alemão Hermann Hesse. Anitelli explica que "quando eu li sobre o Teatro Mágico do Hesse, percebi que era justamente aquilo que eu gostaria de montar: um espetáculo que juntasse tudo numa coisa só, malabaristas, atores, cantores, poetas, palhaços, bailarinas e tudo o mais que a minha imaginação pudesse criar. O Teatro Mágico é um lugar onde tudo é possível".
A sedução nos espetáculos da trupe é garantida, os shows são repletos de números circenses, fazendo com que a platéia fique estática observando os movimentos dos artistas. Desta forma, o espetáculo do grupo teatral foi eleito pelos leitores da Folha de São Paulo, como o melhor show da atualidade no Brasil.

Contadores de Mentira
Mais do que um simples grupo de teatro, os "Contadores de Mentira" fazem parte dos movimentos organizados na cidade de Suzano, onde surgiu a trupe. Desde 1995, com mais de 23 espetáculos, o grupo teatral investe em pesquisas e treinamentos para aprimorar suas realizações, agradando cada vez mais o público.
Atualmente encenando a peça "Curra: temperos sobre medéia", o grupo tem o objetivo de aguçar o lado perceptivo do público. Brincam com a luz, com o corpo, com o paladar, audição e o olfato dos espectadores.
Quando perguntada sobre como o espetáculo seduz a platéia, Daniele Santana, 22 anos, atriz, professora e publicitária deixa claro como o grupo teatral, qual faz parte, seduz o público. "O nosso espetáculo envolve muito cheiro, música, comida, dança. Tentamos levar para as pessoas todas as sensações, que elas possam ver, ouvir, sentir, degustar, para que através dessa experiência entendam a mensagem da peça, sendo "pegas" por todos esses sentidos e assim se prendendo a ela", enfatiza.
A intenção do espetáculo é causar nas pessoas sensações que elas normalmente não sentem. A forma com que os espectadores são acomodados na peça, o convite para se sentar a mesa com os atores durante determinadas cenas e as bebidas que são servidas para a platéia são ferramentas essenciais para integração do público com o espetáculo, criando um toque lúdico ao que é representado nas cenas.


Texto publicado na revista laboratório da Universidade Braz Cubas “Perspectiva” (ANO III – Nº 02 – NOVEMBRO DE 2009).

quarta-feira, 13 de abril de 2011

País Democrata


O dom da política.

Por Fernanda Naomi Iwakura

Política nada mais é do que a arte ou ciência de governar, organizar, administrar nações ou Estados. De etimologia grega: politika.
Se para entendermos qual a função de cada cargo político, já é complicado, imagine entender a amplitude da função como um todo.
Comecemos do princípio, o Brasil é um país democrata. Mas o que vem a ser democracia? É um regime político, onde quem tem o poder de tomar as decisões são os próprios cidadãos, por meio de seus representantes (políticos) eleitos.
Uma das mais célebres citações em termo de política é citada por Abraham Lincoln, em que ele afirma que a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo.
O que isso significa? Qual o paralelo você estabelece entre o que é democracia, a frase de Lincoln, ambas citadas acima, e a nossa dita democracia dos nossos dias atuais?
Hoje, a política pode ser definida, além daquela velha arte e ciência de governar, como o dom da retórica, o dom da fala. Nossos atuais políticos estudam semiótica, para uma melhor desenvoltura em frente aos seus eleitores, e consequentemente, conquistarem seus votos.
A forma como eles falam, postura, a impostação da voz, terminações das palavras etc, exercem efeitos sobre as pessoas (eleitores) que estão ouvindo. Causando, quando bem empenhados, uma ótima primeira impressão.
Encontramos então, mais um ponto a ser refletido. Se o político possui o dom da fala, até que ponto podemos confiar cegamente no que estão nos dizendo?
Exemplos de farsas, mentiras, entre outros casos bem mais desagradáveis, como desvio de dinheiro, abuso de poder não nos faltam. Basta abrir o jornal que logo algum escândalo, que envolve um ou mais de nossos representantes, salta aos nossos olhos.
Como mudar toda essa nossa realidade política (vergonhosa) atual?
Como foi acima citado, o governo é do povo, pelo povo e para o povo. Teimo em reafirmar, pois temos o poder em nossas mãos. O voto.
Leia, se informe, pesquise. Descubra a fundo o passado e presente de seu futuro candidato. Se insatisfeito com todos eles, anule seu voto. Demonstre sua indignação perante aos seus futuros representantes. Não vote em apenas mais um “futuro milionário”, pois ele receberá este título as nossas custas.
“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam” – Arnold Toynbee.