quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Um ponto de Fuga



Por Fernanda Iwakura


Meu corpo está cansado.
Minha mente inquieta.
Meus olhos semicerrados, pedindo trégua.
Tento descansar, mas na verdade estou aguardando pelo fim.
O fim de tudo.
O fim desta batalha.
Já nem me lembro como ou quando ela começou.
Nem sei do momento que me encontro agora.
Achei uma distração.
Uma fuga do que me cerca.
De mim mesma.
Sem pestanejar, me atiro.
De cabeça me jogo.
Ainda sinto muito medo.
Mas, isso é tudo o que me resta.
A fuga. O medo.
Já não mais procuro por um ponto seguro.
Um local para me apoiar.
Descobri que só devo contar comigo mesma.
E aquela razão para viver?
Já não preciso mais procurá-la além de mim.
Hoje, eu apenas sigo. Prossigo.
Sobrevivendo.