quarta-feira, 25 de maio de 2011

União Homoafetiva - Direitos Iguais?


Por Fernanda Iwakura

            Neste mês de Maio, o Superior Tribunal Federal (STF) reconheceu a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Fato este que é uma vitória inegável para as lutas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Trangêneros), ainda mais quando paramos para analisar que vivemos em um país tradicionalmente cristão, cerca de 90% da população.
            A união homoafetiva reconhece que os casais homossexuais, em uma relação estável, são sim uma família, e garante a estes os mesmos direitos de um casal heterossexual.
            Até aqui está tudo ótimo, lindo, não?! Eu ouso dizer, não, não está tudo ótimo! E de lindo, não há nada! Antes de me julgarem, eu explico, e após minha explicação, podem me criticar, espero criticas saudáveis, pois se estiver errada, eu quero aprender e se possível, tentar acertar.
            Este assunto rende muito, e com certeza é muito polêmico. Mas vamos ao que interessa.
            Essa luta, pela união homoafetiva é antiga, pois os homossexuais sempre foram tidos como subcidadãos, assim como um dia as mulheres já foram vistas desta forma, gays, lésbicas, transexuais ainda não são vistos com bons olhos, hoje.
            Ainda existe o preconceito. Ouço muitos dizerem por aí, “não sendo meu filho, não vejo mal algum”, ou ainda, “não se ‘pegando’ perto de mim, tudo bem”. Agora pergunto, o que mudou na população não LGBT? E vocês se perguntam, mas o que os heterossexuais têm haver com isso? Tudo, oras bolas.
            Um dos maiores problemas dos homossexuais, ou desta luta, é por conta do preconceito, preconceito este que vem, em sua maioria, de heterossexuais, a tão famosa homofobia.
            É preciso, muito antes de aprovarem qualquer lei, que sejam implantadas políticas públicas perante este assunto, que este seja discutido com a população, sempre de maneira saudável, para que a população se conscientize. Quem não quiser aceitar, que ao menos respeite.       Não é apenas implantar uma lei, mas sim fazer todo um trabalho de base, esta lei é para o público gay, mas de nada adianta abrir uma porta a pontapé, que ao meu ver, é o que foi feito.
            Os que são favoráveis, logicamente, elogiaram, adoraram, mas os que se mantém contra, continuam com esta posição, ou seja, nada mudou. Não estou dizendo que devemos convencer ninguém de que deste lado é melhor e daquele é ruim. Mas existe uma grande parte da população que não é esclarecida, e podem se manter contra, por simplesmente desconhecer o assunto. E esse esclarecimento é essencial para que nos tornemos melhores cidadãos, para que possamos aprender a respeitar as diferenças, sejam elas por opção sexual, ou simplesmente por preferências de times de futebol, música, roupas, e afins. Afinal, sempre ouço muitos gays dizerem que sofreram abusos, maus tratos, preconceitos entre outros tipos de descriminação, quando esta não os leva a morte.
            É lindo ver um casal heterossexual andando de mãos dadas em locais públicos, mas um casal homossexual é repudiado por qualquer demonstração pública de afeto. Independente da orientação sexual, acho que o respeito sempre deve prevalecer, afinal, existem lugares e lugares, e como já disse Marcelo D2 tem que saber chegar, chega no sapatinho. No papel, os direitos podem ter se “igualado” mas nas ruas não é bem isso que observamos.

Um comentário:

  1. Falta respeito...
    Falta educação...
    Falta consciencia.........

    O Que nos resta é lutar....
    Como diria Ana
    "quero a unimultiplicidade"

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